domingo, 10 de agosto de 2014

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Gostava de dizer que temos uma ligação especial. Daquelas típicas ligações mãe-filho, de que toda a gente fala, que toda a gente mostra.
Gostava de partilhar fotos de momentos especiais, beijinhos e abraços voluntários e carinhosos, mas isso não acontece.
Gostava de dizer que todos os dias ao acordar me dás um beijo junto com o "olá" entusiasmado de sempre. Mas isso é só com o teu pai.
Gostava que as pessoas não me olhassem como se fosse um bicho de 7 cabeças quando digo que tens mais proximidade com o teu pai, que o preferes para tudo, seja para tomar banho ou trocar a fralda.
Gostava de te poder dar um abraço ou um beijo sem que me desses uma estalada e gritasses "não".
Gostava que não me evitasses, não tivesses "medo" de mim.
Gostava que todos deixassem de me falar no laço maternal que têm com os filhos, como eles/elas vos preferem para tudo, como vos chamam e só vos querem quando precisam de carinho, de mimo. De como, do nada, vos abraçam e beijam, vos chamam "mamã" e vos mostram amor. Quero que parem, que não me perguntem o porquê de o meu filho não ser nada disto comigo. Que parem de dizer "que estranho...".

Gostava que a maternidade fosse tudo o que eu esperava, tudo o que dizem, toda uma ligação e uma união implacável entre mãe-filho que todas as mães mostram ter, que eu vejo todas as mães terem. Gostava que chamasses "mamã" quando precisas de carinho, em vez de me evitares, empurrares, chorares se te toco apenas com um dedo. Gostava de não me sentir culpada por pensar que secalhar nunca ía estar preparada para isto, uma realidade tão diferente de todas as outras realidades que vejo.
Gostava de ser especial para ti. Gostava.... mas não o é.

sábado, 10 de maio de 2014

Trabalho, mais trabalho, e mais trabalho....

Esta semana entrei todos os dias ás 5:30h da manhã. Menos ontem, que o telemóvel decidiu não despertar e cheguei 40min atrasada.
Para a semana lá estou outra vez, todos os dias a entrar ás 5:30h da manhã, semana e sábado (sim, hoje fui trabalhar 8h seguidas com pausa de 10min para um lanche...). Levanto-me ás 4:30h, vou a pé até a uns cafés esperar por uma colega que me dá boleia, estou um dia inteiro de pé e depois ainda tenho de vir o mesmo caminho a pé para casa. Estou esgotada. Mental e fisicamente esgotada.

O Tomás só quer andar. Anda e corre pela casa toda. E eu vou-me arrastando atrás dele, olheiras a bater no chão e uma cara que mete dó.

Enfim.. só mesmo o meu filhote para me dar força pra isto... é tudo por ti filho!

Já agora.. ninguém quer ir fazer esta semana por mim?*



             *apetece-me tanto como levar um tiro.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Parabéns, filho

A esta exata hora, á 1 ano atrás, estava eu a ouvir "já nasceu, já nasceu! 12:05h! Parabéns mamã!". E começava assim uma nova etapa da nossa vida juntos, mas separados. A maior e mais provadora etapa da minha vida: ser mãe. Tua mãe.

A esta hora estou eu na hora de almoço a desejar estar contigo. Só eu sei o quanto queria ficar contigo em casa neste dia, só nós os dois, no miminho, na nostalgia. Mas a vida é mais complicada do que se parece aos teus olhos de bebé, de agora mais menino.

A esta hora filho, vou mandar-te todo o meu amor e carinho por pensamento. Porque de alguma forma, não me perguntes como, estamos ligados mais do que mãe-filho, somos quase que um só, em corpos diferentes.

E toda a minha vida se resume a ti - pequeno corpinho de gente. És tão pequeno filho, mas és toda a minha vida, todo o meu ser, tudo de mim.

Obrigada. Do fundo do coração, obrigada. Por me teres escolhido para tua mãe. Por todos os dias me dares beijinhos molhados. Por todas as gargalhadas que me enchem o coração. Por todos os miminhos na hora de dormir, ou quando precisas mais de mim, que me aquecem a alma e me dão razão para viver.

És tudo, filho. Tudo de mim. E por ti dou tudo, sacrifico o mundo, sacrifico até o que não posso. Amo-te. Com toda a alma, com toda a força, com todo o coração.

Parabéns filho. Parabéns

quarta-feira, 23 de abril de 2014

E com a queda me ías matando (e uma novidade boa)

Não falei nisto ainda porque a triste morte da Maria me deixou completamente azamboada. E ainda não estou completamente bem, não paro de pensar nos pais, na menina.. enfim.

Mas o Tomás, Domingo de Páscoa, decidiu pregar-me um susto que me ía matando. Estava ao pé de mim a ver um vídeo no pc e quis ir embora. Á medida que se senta no chão, dá um tombo para a frente e pimbas: cara no chão. Eu olhei e pensei "não vou fazer grande alarido para ele não chorar", mas ele deu um grito de dor que juro que me doeu a mim fisicamente. Agarrei-o logo ao colo, e ele gritava e chorava desalmadamente. Olho para ele e só vejo sangue! Sangue por todo o lado, sangue nas bochechas, sangue a sair da boca. Entrei em fanicos! Gritei pelo R. que tinhamos de ir já para o hospital, ele vestiu-se, pegou no Tomás para eu me vestir mas antes de o fazer grita-me que o sangue já parou.

Lá lhe abrimos a boca, muito a custo porque ele coitadinho lhe doía, mas vimos que foi num dentinho de cima que ficou magoado e estava cheio de sangue e na gengiva, mesmo ao lado. Não sei como, arrancou um bocado de gengiva, até se vê o dente que ainda não estava bem a nascer. Contactei o pediatra que me mandou ir ao hospital, mas senhor dom parvalhão R. não quis ir. Desinfetei com soro fisiológico e tenho vigiado, mas está tudo normal, por isso acho que não foi nada que lhe fizesse mesmo mal. Embora me tenha quase matado do coração!

Mas para compensar, logo no dia a seguir... COMEÇOU A ANDAR SOZINHO!!!
Já anda aqui por casa todo contente, sempre conosco atrás (claaaaro, e depois desta queda ainda ando mais atrás dele), ri e dá gargalhadas de satisfação por conseguir andar sozinho. Está cada vez mais fofo, cada vez menos bebézinho... mas confesso que estou a adorar esta nova fase!! :)

Com o que se passou com a Maria, todos os dias olho para o meu filho e dou graças por o ter aqui comigo. Onde o posso abraçar, beijar e apertar as vezes que eu quiser. Onde posso ver as suas novas conquistas, vivê-las com ele. Amo este miudo mais que ele um dia possa imaginar... e ainda bem que tenho essa oportunidade.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Descansa em paz, bebé

A Maria entrou em morte cerebral. Morreu ontem.

Nem consigo dizer mais nada... Descansa em paz Maria.

(Obrigada pelos comentários de apoio á familia. Infelizmente a corrente positiva não foi suficiente para a salvar da incompetência de pessoas que mereciam ser esfoladas vivas, mortas á pancada ou pior.)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Em choque... rezem pela Maria

Isto há coisas que só mesmo um tiro nos cornos daquela gente toda é que resolvia. Soube ontem que uma antiga amiga de escola foi na sexta feira para Évora em trabalho de parto, fizeram CTG e como estava tudo bem desligaram-no e não lhe apareceram mais até de manhã quando mudou o turno. Ela bem gritava cheia de dores e mandavam-na acalmar-se que ía demorar muito e pronto, sem sequer se chegarem ao pé dela. Uma noite inteirinha! Na mudança de turno, quando foram ligar o CTG, já a pequena Maria tinha engolido mecónio e urina, o coração mal batia, quase morta. Fizeram cesareana de urgência, mas a menina masceu morta. Depois de algum tempo lá a conseguiram reanimar, mas está internada em Lisboa sem saberem o que lhe vai acontecer. Se vai sobreviver ou não, e se sim quais são as consequência do que aconteceu...
A minha amiga só pode conhecer a filha na passada Terça-feira... 4 dias depois. Conheceu-a numa cama de hospital, num ambiente e num estado que nem quero imaginar...

Espero bem que processem o hospital. E é o que vai acontecer, pelo que a irmã dela me disse. E acho que se fosse comigo, antes de sair do hospital mandava uma sova ás putas que fizeram aquilo.


Rezem pela pequena Maria. Pensem nela e enviem energias positivas! Ela bem precisa, ela e os pais... <3

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Primeiros passinhos!!!

Já davas um aqui, outro ali, mas hoje estás ao rubro!! Deste uns passinhos sozinho enquanto a mãe estava a trabalhar (estás com uma infeção respiratória e tens de ficar em casa 5 dias com o pai) e á bocado a tia B. veio cá, tentou que andasses e tu fizeste-lhe a vontade!! Desde aí que não paras! Sozinho lá dás 6 ou 7 passinhos, consegues equilibrar-te muito bem, o que te trai é a tua vontade enorme de correr.

Sim, correr! Quando te pegamos nas duas mãos, tu corres todos contente enquanto gritas e gargalhas de alegria. E agora queres fazer o mesmo sozinho. Claaaaro que não consegues! Cheira-me que ainda vais dar grandes trambolhões á conta disso...


Fica registado: aos 11 meses e 10 dias deste os teus primeiros passinhos a sério!! :D

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A caminho do 1º aniversário

Pois é, estás a menos de um mês de fazeres 1 aninho!! Jasus, como o tempo passa! Vamos lá ás atualizações:

Tens 4 dentinhos, 2 em cima e 2 em baixo. E tens um 5º a querer romper em cima.
  Começas-te a dormir a noite toda. Xiiiiiu, não digam em voz alta!
Bates palminhas como gente grande, com direito a barulho e tudo.
  Estás cada vez mais graçolas. Ris de tudo e por tudo, franzes o nariz ao rires e mostras os dentinhos lindos :)
Já não deve tardar muito até começares a andar, já ficas muito tempo de pé sozinho.
  Nunca mais tiveste a tua testa em condições. Está sempre toda amolgada e cheia de nódoas negras de tanto caires na creche (e ás vezes em casa).
  Adoooooras molhar tudo no banho. Mas é que adoras mesmo. Bates com as mãos e os pés e eu e o pai ficamos de banho tomado também. E as paredes. E o chão lavado. Tudo.
  Ainda não consegues comer pedaços maiores de comida. Dá-te vómitos e és um perigo pois mal nos descuidamos ao tentar dar-te fruta ou assim e tu rapinas um grande bocado e engoles logo. Resultado: o teu pai já teve de te meter os dedos na goela mais vezes do que queria, até para te tirar (imaginem!) uma metade inteira de bolacha maria. Por isso bolachas, pão e coisas assim, contigo esquece! Senão ainda acontece o pior.
  Agora só queres o teu pai. Lá dizes mamã de vez em quando, mas andas um mariquinhas do papá.

Estás grande. Estás tão maior do que aquele ser pequenino que ás vezes me vem á memória. Já não tens cara de bebézinho. Tens cara de menino pequeno. De amorzinho meu.

Agora começa a contagem decrescente para o teu primeiro aniversário. E com isto vos peço ajuda...

Que raio vou oferecer ao gaiato?!  Ajuda precisa-se.

domingo, 23 de março de 2014

Chegou o fim da amamentação

Pois é. Apesar dos médicos, livros, internet e todos dizerem que os bebés só desmamam sozinhos por volta dos 2 anos, tu fizeste-o agora. Com 10 meses e (quase) meio.
Já só mamavas á noite, mas mesmo assim eram 2 ou 3 vezes, o que me deixava tranquila. Mas de um momento para o outro paras-te de pedir. E quando eu achei estranho e te acordei uma vez para oferecer, tu puses-te a mama na boca, duas chuchadelas e fizes-te uma cara esquesita, tipo "blhac, isto já não presta". Desde aí, sempre que tento, tu não queres. Abres a boca mas assim que lá tens a mama, fechas a boca, mordiscas o mamilo e ris-te. Tipo brincadeira.

Portanto, mamas-te 10 meses e meio. Ou quase, não interessa. Gostava de te ter dado pelo menos até 1 ano. Mas se foste tu que não quiseste mais, estou de consciência tranquila em relação a isso.

Olhando para trás, não posso deixar de me sentir orgulhosa. Dei-te única e exclusivamente do meu leite até aos 6 meses. E até aos 10 mamas-te todos os dias, sempre. Dei-te o que de melhor tinha. O que é o mais natural, o mais rico e especial para te nutrir. E sinto-me orgulhosa. Tenho pena de ter acabado. Ás vezes sinto muitas saudades de te ter ali juntinho a mim, naquele nosso bocadinho, mas sei que fiz o possivel e estou contente que tenhas sido tu a acabar quando sentis-te que o tinhas de fazer. Quando não quiseste mais. Não porque eu te desmamei.

Assim chega ao fim um ciclo. O mais bonito, sem dúvida.

quarta-feira, 19 de março de 2014

I know, I know... (uptade)

Devia levar com um jornal no lombo, não era?? E um espeto no rabinho. Sim, porque estou em grande falta convosco. Á quase 1 mês que não ponho aqui o cú. Ai ai. Mas prometo que de agora em diante vou tentar ser mais assídua, ok?
Ora vamos lá.

Hoje acabaram os 30 dias de experiência do meu contrato de trabalho. Ou seja, agora amocham comigo até Agosto que até se lixam.
Se gosto do trabalho? Gosto. Pensava que não gostava, mas agora que passou do aprender para o "produzir mesmo", gosto. Dá-me imenso gosto todos os dias acabar o trabalho e ir contar tudo o que fiz para ver se fiz mais que ontem. E o gosto ainda é maior quando vejo que consigo. A meta são as 496 fitas (ah, estou neste momento a costurar fitas para os salva vidas dos aviões) diárias. Vou em 148. Para quem começou com 50 na segunda-feira, não é mau.
Dói-me os pés ao fim do dia como se tivesse andado a pisar pioneses. Mas o horário faz-me esquecer isso. Das 7h da manhã ás 15:30h, quando venho para casa e como o R. está desempregado vamos buscar o Tomás á creche e vamos dar umas voltinhas ao jardim, ele delira e eu espaireço a minha cabeça. Muuuuito bom!

Agora o Tomás. No penúltimo post que escrevi quase á 1 mês atrás (batam-me, esfolem-me, seguidores!), contei-vos que o Tomás não estava a aumentar. O pediatra lá arranjou uma data para irmos ter com ele ao hospital, tiraram-lhe sangue e urina para análises (nem me posso lembrar da cara dele.. das lágrimas... ) e depois foi aguardar. Felizmente estava tudo ok para doenças mais graves e alergias, mas descobrimos que tem anemia. Yap, anemia. Eu que pensava que anemia era uma coisa que aparece quando não nos alimentamos bem ou coisa assim, o que não é o caso do Tomás, fiquei a saber que os bebés por estas idades gostam muito de ficar anémicos. Portanto, receitou umas gotas de ferro. 18 gotas todos os dias em jejum, e ele abre o bico parece que lhe estão a dar mel.
Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee........ hoje fomos ver o progresso dele. Só para vermos se não tinha perdido peso. E não é que chego lá, e ele aumentou-me 540g em duas semanas???? Meio kilo???? Até o pediatra disse "bem, se ele agora continuar assim, daqui nada está de dieta". HEHEHE! E eu aproveitei para dizer "eu não lhe disse que ele comia bem?".

Portanto pesa agora 7,500kg, mede 66cm e de chapéu 44,5cm. O peso está muito aquém ainda do que é normal para um bebé da idade dele, ainda por cima comendo como ele come, mas com o tempo vamos lá. Na altura a mesma coisa, mas ele também não tem a quem sair alto, por isso não stresso com isso, desde que vá crescendo. O chapéuzito é que está óptimo como sempre. Ou seja, a cabeça e esse cérebro crescem perfeitamente bem.

Estás com 10 meses e meio, já fazes alguns tém-téns, já deste um passinho mas cais-te logo, "acordas-te para a vida" num fim de semana e passas-te de bebé super calmo, que não queria que ninguém o chateasse, não fazia gracinhas nem era muito ativo para um bebé que está na fase das birrinhas para experimentar, para um bebé que ri de tudo, faz gracinhas e até se ri delas, imitras tudo o que nós dizemos e tentas imitar o que fazemos, dás beijinhos tão doces e bons que só apetece comer, dormes melhor, já tens 1 dentinho de cima e o do lado está quase a romper, já quase bates palminhas... bem, tanta coisa que agora nem me lembro do resto. Mas há mais. Garanto-vos. Ele está imparávelmente lindo, doce, inteligente. Qualquer dia como-o :)


E hoje é o dia do pai. Portanto, para além disso, tenho de parabenizar o pai do Tomás, o meu e a minha mãe.
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"A mãe?! Olha, esta passou-se". Não, não pensem isso de mim. É que a minha mãe faz anos hoje. No dia do pai. 50 aninhos.

Mãe, muitos parabéns. Que estejas cá muitos mais para ensinares ao Tomás e ao Afonso porque é que o Sol desaparece á noite, porque é que a chuva cai, essas coisas que tu sabes. Porque tu sabes tudo. E eles vão adorar aprender contigo.


E eu agora vou-me. Mas regresso, prometo. Um beijinho repenicado cheio de boas energias e alegria de uma mãe que hoje ganhou o seu euromilhões quando olhou para a balança do médico :)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Não podia ser tudo mau, né?

Arranjei emprego. Tipo assim, num dia. Fui á entrevista e foram tão simpáticas que até estou desconfiada (mesmo simpáticas, só faltou darem-me dois beijinhos repenicados).

Vou começar amanhã. Bom horário (7h-15:30h), o que me dá para fazer tudo o que preciso de fazer antes de ir buscar o Tomás e depois é só mimos para ele, sem preocupações de lides de casa e coisas assim. Se bem que o R. já tá avisado que agora é ele quem tem de ser a empregada doméstica cá do sitio. Estou a fazer-lhe o que ele me fazia quando trabalhava, embora o Tomás esteja na creche, o que lhe facilita muito, enquanto eu tinha de fazer tudo e ainda tomar conta de um bebé porque "eu trabalho, estou cansado".

Mas como eu não posso ter uma boa noticia sem vir qualquer coisa tentar estragar a cena, no mesmo dia em que fui á entrevista e depois me ligaram a dizer que tinha sido selecionada, á noite fiquei com uma gripe de caixão á cova. Numa hora, quase de um momento para o outro, tungas!! Toma lá tosse á cão, expeturação, dores e o catano. Mas FUCK YOU universo, não me vais lixar isto!!!

A única coisa que me preocupa é o facto de ter que trabalhar todo o dia de pé. Vou (aprender) costurar estofos para automóveis, aviões, essas coisas. Ou seja, vou estar o dia inteiro de pé e apoiada apenas numa perna. O que ainda pode ajudar é que as máquinas são bi-destras, ou seja, dá para costurar com os dois pés, algo que tenho de ver se me ajeito senão chego ao fim do dia não posso mexer a perna.

Vou estar num período de 30 dias de experiência, por isso desejem-me sorte para que me dê bem com aquilo e que eles gostem de mim.

(Só pensava contar quando estivesse já tudo bem encaminhado para não agoirar, mas hoje na creche do Tomás perguntaram logo se eu tinha arranjado trabalho. A mãezinha do R. é tão fofa que não consegue calar-se um segundo, já contou a toda a gente, até as da creche já sabem.. )


O que também não foi muito bom foi este fim de semana. No sábado de manhã o Tomás caíu. Nem sei como, porque estava mesmo ao pé dele. Ele estava de pé agarrado ao móvel da sala, coisa que agora é todos os dias a toda a hora, e caíu para o lado. Bateu com o lábio no móvel e depois bateu com a cabeça no chão. Ficou marcado no lábio, mas felizmente foi só isso.
Ontem batei com a testa na ombreira da porta a tentar levantar-se, ficou com um galo. Mais á noite, na porcaria do móvel da sala, o R. distraíu-se e ele caíu para o chão de lado, em cima do braço, e bateu com a cabeça.

Claro que como arranjei trabalho, uma coisa boa, agora estão a acontecer mil e uma más. Porque a minha vida é assim... cheia de invejosos. Vão invejar o rabinho aos velhos, pah!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Outra vez de coração nas mãos

Fomos á consulta dos 9 meses. Para meu desgosto, apenas aumentas-te 60g e aumentas-te de estatura um pouquinho menos de 1cm. Estás com 6,960kg e 65cm. Muito pouco. Mesmo muito pouco, para quem come tão bem.

O pediatra fez cara feia. Muito feia. E perante o meu desespero, perante uma mãe assustada a dizer "mas ele come tão bem, tão bem doutor, só queria que visse, até na creche elas dizem que ele nem suja o babete, não percebo...", o pediatra franziu o sobrolho e disse que não era normal. Que temos de ver o que se passa.

Vamos ser encaminhados para uma colega dele. Ele diz que quer mesmo que seja ela a vê-lo. Vamos pedir "análises extensas". E que se for preciso "faz-se um pedido especial para o Tomás".

Pedido especial? O que quer isso dizer? De tão atordoada nem perguntei nada. Limitei-me a acenar que sim com a cabeça a tudo o que ele dizia. Juro que fiquei dormente. Não sentia o corpo. Não sentia a alma.

Ontem enviei-lhe um mail a fazer as perguntas que naquela hora o meu cérebro não deixou fazer. Não deixou que eu raciocinasse. Congelou. Ainda não obtive resposta. Mas ele esteve de banco ontem á noite, deve ser por isso.

Olho para o meu filho e tenho medo. Ele tem muita vitalidade. Até o médico disse que era estranho, porque ele é muito vivo. Brinca. Ri. Gatinha como se fosse um TGV. Põe-se de pé em tudo o que consegue. Põe-se de joelhos a brincar e aguenta-se sozinho como se tivesse feito aquilo a vida toda. Dá passinhos tão bonitos, tão coordenados, tão perfeitos, penso que vai andar cedo.

Mas depois olho-lhe mais de perto. As bochechas a ficarem menos cheias. As perninhas a ficarem mais magras. O meu menino a ficar diferente.

Tenho medo. Muito medo. Todos me dizem "não te preocupes, não é nada". Menos a minha irmã. Porque ela sim, entende o que eu estou a passar. Parece que todos já se esqueceram de como é a preocupação de ter um filho pequeno, que não se sabe expressar, não sabe dizer se lhe dói alguma coisa. Menos a minha irmã. "Não te preocupes" dizem eles.

Como não me preocupo? É o meu filho. O meu menino. E eu tenho medo.... muito medo.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Dos teus 9 meses

Uns diazinhos antes de fazeres 9 meses começas-te a gatinhar na perfeição (e para a frente, não para trás como outros bebés). Mas só no dia 30, depois de virmos de casa da tua madrinha e de dar os parabéns ao Afonso, nos mostras-te o tão bem que gatinhavas. Depois em conversa com a auxiliar é que ela disse que se tinha esquecido de nos dizer que já gatinhavas á uns dias.

Gatinhas incrivelmente rápido, deves ter aprendido com o teu primo, vocês os dois parecem balas.

E não só aprendes-te a gatinhar logo na perfeição, como num único dia aprendes-te a pôr-te de pé em tudo o que é sitio. Seja apoiado em nós, seja na tua cama (que, by the way, só serve mesmo de parque nos minutinhos em que precisamos que estejas quieto e em segurança), seja no móvel da sala, tudo. E adoras!!!

Dás gritinhos e sorrisinhos de alegria quando, a gatinhar, sais da manta que temos para ti na sala e tocas com as mãos no chão. É o tipo de satisfação de "que fiiiiiixe, isto é mesmo estranho, novo, excitante, yey!". Fazes o mesmo quando estás a ir em direção ao móvel da sala, já a antecipar pôres-te de pé, do tipo "queres ver o que vou fazer? Queres???".

Se te segurarmos as mãos e te pusermos de pé queres é andar com uma rapidez maluca e aos gritinhos de alegria.

Felizmente já estás a comer melhor conosco. E ainda bem, porque já andava a bater mal, assim estou mais descansada.

Segunda-feira vais ao pediatra para ver como andas. Tens tido umas pontinhas de febre aqui e ali, espero que seja só dentes, porque não tens mais sintoma nenhum.


Tens tido uns dias em que andas parece que molinho. Mal sorris, pareces ensonado, não ligas a brincadeiras nem queres grandes conversas. Fico preocupada mas depois melhoras. Deixo de ficar preocupada mas depois voltas a ficar assim. Espero que não estejas a "chocar" nenhuma, já basta depois de melhorares da enorme constipação que durou 2 meses estares a ficar novamente com tosse e expetoração. Não tens tido descanso nenhum..

Continuas meiguinho como um cordeirinho quando queres mimos. Chamas "mamã" e aninhas-te a mim. Ficamos ali os dois, abraçados, no colo um do outro. Nos braços um do outro. E sabe-me tão bem, filho. Sinto o teu cheirinho, sinto a tua pele contra a minha. Acaricio-te os cabelos tão grandes que já estão. Olho para a tua cara, já de menino, não tanto de bebé.

Estás a ficar grande, filho. E cada dia aprendes algo diferente. E é tão bom poder fazer parte da tua vida. Ser a tua mãe.

Amo-te, amo-te, amo-te. Digo-te isto ao ouvido todos os dias. Olho-te nos olhos e digo-o com sinceridade. Amo-te. Amo-te mais do que á vida. Amo-te mais do que a mim própria. Mudas-te a minha vida. Mudaste-me a mim. Fizeste de mim uma nova mulher. Fizeste-me descobrir uma mulher que eu não sabia existir, não sabia ser. Fizeste-me ser melhor, querer ser melhor.

Tu és aquele. És o meu menino. E eu amo-te mais do que algum dia poderás imaginar.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pelo teu aniversário, Afonso

Dia 30 do mês passado completas-te o teu 1º aninho de vida. Nesse dia olhei-te, alegre como sempre, e pensei que raio fizemos ao tempo para que ele passasse tão depressa.

Tu foste o meu primeiro vislumbre do que é ser mãe. Do que é amar alguém tão intensamente, que faz confusão. Do que é o sentimento de dar a vida em defesa de um ser que ainda mal viveu. Um amor louco, descontrolado de tão grande que fica segundo a segundo. Foste o primeiro que me fez pensar "bolas, se eu amo tanto este gaiato, então quando o meu Tomás nascer morro de tanto amor". Tu foste quem me preparou para aquele momento em que pus os olhos no meu filho e senti que o mundo estava ali, logo ali.

Tu és o meu cagarolas. O meu gaiato mais lindo e velhaco que quando me vê todos os dias dá um gritinho estridente enquanto exclama "CÁTIA!!!"
Tu és aquele que me presenteou com uns 3 passinhos de bebé, envergonhados e hesitantes. Só eu e o teu pai tivemos ainda direito a ver tal proeza.

Tu és quem adora que lhe cante e faça o "serra madeira". E quando chega á última parte, confias em mim e deixas que quase te deixe cair, para que no último instante te agarre e te encha de cócegas e beijinhos.

E é isso, Afonso. Podes confiar em mim cegamente para o resto da tua vida. Porque te amo tanto quanto uma tia pode amar um sobrinho. Mais ainda, até. Porque te respeito pela experiência que me deste antes do teu primo nascer. Porque me preparas-te para a árdua tarefa de ser mãe.

Amo-te, meu Afonsinho. Hoje e sempre. Parabéns pelo teu 1º ano de vida.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

(Longa) Atualização merecida

Aiii que desnaturada que eu estou com este blog. Bem que mereço umas lambadas na cara por não cá vir, mas  a rotina do ir trabalhar - chegar e tomar um duche de 5min - ir buscar o Tomás - fazer jantar e almoço para o dia a seguir - fazer jantar do Tomás - dar-lhe banho - dar-lhe o jantar - pô-lo a dormir - limpar e arrumar tudo o que tem de ser limpo e arrumado.... bem, estão a ver né? Ao fim do dia os únicos momentinhos que tenho são para brincar com o Tomás e descansar.

Em breve (infelizmente) o trabalho vai acabar, que este ano não há muita pinha, e terei mais tempo. Infelizmente, muito infelizmente... bem que tento arranjar qualquer coisinha, vou a todo o lado, mas a sorte ainda não bateu cá á porta.

Bem, 2014 começa com uma grande novidade que me deixou (e deixa) tão feliz que até pareço manteiga ao sol a derreter: a primeira palavra do meu filhote foi... MAMÃ!!! HEHEHEHE!!! Na semana passada fui buscá-lo á creche e a auxiliar disse-me que ele tinha passado o dia a dizer "mã". Ela disse que lhe dizia "ainda não é a mãe, não", mas eu pensei cá para mim "oh, ele diz isso por dizer, é ao acaso...". Nesse dia, cheguei a casa e o R. ficou a brincar com ele na sala enquanto eu fui para a cozinha fazer a remessa de comer que tenho de fazer todos os dias. Deixei tudo a fazer, fui ter com eles á sala e assim que o Tomás me vê sorri e diz "mã". Fiquei toda contente, mas pensei que fosse só naquele dia, não me deixei entusiasmar muito.

No dia a seguir chego á creche para o ir buscar, aceno-lhe enquanto calço umas "pantufas" de plástico para lá entrar, e quando entro e vou direito a ele, ele sorri, estica os bracinhos para mim e diz repetidamente "mamã, mamã, mamã". Ía escorregando ali mesmo no melt down que ía tendo. Dei-lhe tanto beijo que ele até se irritou (e eu naquela i don't care, i love you). Desde aí que sempre que me vê começa "mamã, mamã" e quando quer colinho e miminho (especialmente para adormecer), chama logo a mamã :)
Estou toda derretida.. e o R. com ciumes. Muahahahahaha!


Já se arrasta ao tentar gatinhar. Está quase, quase lá, falta só um bocadinho e tenho um novo gato cá em casa.

Agora a situação que me tem deixado muito triste, preocupada, com o coração nas mãos. Ele está doente á 1 mês e meio. A caminhar para os 2 meses, porque não vejo mesmo sinal de melhoras. Já fui com ele ás urgências duas vezes, foi aspirado cada vez que lá foi (horrivel, mesmo horrivel... imaginem alguém estar a "fazer mal" ao vosso filho, ele literalmente aos gritos, lágrimas a escorrerem-lhe pela cara, olhos vermelhos de tanto chorar, a espernear e torcer-se e vocês ainda terem de lhe segurar os braços para que continuem a enfiar um tubinho fininho pelo nariz abaixo enquanto lhe espetam soro ao mesmo tempo.. ainda por cima enfiam o tudo quase todo, p'raí 15cm de tudo pelo nariz abaixo), foi ao pediatra 2 vezes e o diagnóstico é sempre o mesmo: felizmente não há nada nos pulmões, mas está muito constipado e temos de continuar com soro, água do mar, aerossóis só com soro e aspirar bem.
Já andou a tomar 4 medicamentos e não passou. Agora está só a base da panóplia de soro e essas coisas.

O que também me preocupa bastante é o peso. Na última consulta a que fomos estava quase a fazer 1 mês desde que ele lá tinha ido antes. E aumentou apenas 20g. 20g não é nada, nem sequer é o peso do cubo de carne que lhe ponho nas sopas. Mas ele come extremamente bem (embora desde este fim de semana não queira comer cá em casa, mas na creche come bem, ainda não percebi esta agora do menino Tomás). Se na próxima consulta ele continuar a não engordar praticamente nada, peço análises ao pediatra, porque eu noto-o muito mais magro. Aquelas perninhas cheias de dobrinhas, todas rechonchudinhas, agora estão magrinhas. Os braços a mesma coisa. As bochechas, as enormes bochechas á esquilo com avelãs na boca que o meu filho tinha, desapareceram...
E eu não aguento vê-lo doente, magrinho, a dormir mal e agora a comer mal. É demais para mim..

Por isso é que também não tenho cá vindo. As noticias não são boas, e falar disso ainda me deixa mais triste e preocupada. Ainda pra mais estou quase sem trabalho, e depois não sei como vai ser a minha vida.. não quero ir pra França, pra mim está fora de questão porque não quero que o meu filho passe o mesmo que passou, isolado de tudo, sem ver ninguém, quando aqui está tão bem, tão feliz, tão simpático e sociável. Mas para ficar cá, preciso de trabalho.

Enfim, ando triste e desmotivada. Tanto por ele estar assim como por tentar e não conseguir fazer nada da minha vida...